Por que as empresas estão adotando uma TI híbrida?

Por Antonio Couto, HPE Hybrid IT Partner Specialist

Em momentos de crise como o que estamos vivendo no Brasil, o mercado exige das empresas, tanto públicas quanto privadas, respostas rápidas para a redução dos custos operacionais e o lançamento de novos produtos e serviços que gerem diferencial competitivo. Os indicadores macroeconômicos e os relatórios de analistas de mercado demostram que as empresas reduziram (e adiaram) seus investimentos em razão, principalmente, da queda na demanda; e estão buscando novos meios e modelos de negócio para aumentar suas receitas e a lucratividade.

Quais as consequências deste panorama?

Vivemos hoje no que chamamos “economia das ideias”, onde o que determina o sucesso de uma empresa é a agilidade com a qual consegue, partindo de uma ideia, transformá-la em um novo produto ou serviço no menor tempo possível. É fácil também observar que não importa o segmento de atuação de uma empresa, seja pública ou privada, o seu negócio depende da TI.

Sendo assim, entende-se que essa TI é responsável pelas aplicações legadas, baseadas em um sistema de registros (das transações, dos clientes, etc.), que controla o funcionamento das empresas e viabiliza o negócio. No entanto, somente funcionar bem, hoje em dia, não garante o sucesso e a sobrevivência de uma empresa.

Vemos ainda mais fortemente neste século, que não é a longevidade, a tradição de uma empresa ou o renome de uma marca, que garante o seu sucesso e sobrevivência; mas sim, a sua capacidade de inovar em produtos, serviços e modelos de negócio para seus clientes, parceiros e funcionários.

Como aumentar a receita e a lucratividade em momentos de crise?

A dinâmica do mercado global hiper-competitivo de hoje, tem levado a um novo estilo de negócio, baseado na mobilidade e nas mídias sociais. Esse movimento cria um sistema de engajamento, que tem por fundamento a interação com os consumidores, cidadãos e funcionários, trazendo informações e feedbacks que orientam a criação de novos modelos de negócio, novos produtos e serviços, com grande valor agregado e diferencial competitivo.

O ambiente de TI que suporta as aplicações legadas é comumente conhecido como TI tradicional e, segundo o Gartner, em seu relatório “IT Key Metrics Data 2014: Executive Summary”, ela consome entre 82-90% do orçamento de TI para manter-se operacional, restando somente entre 10-18% deste orçamento para uso em inovação.

Ainda segundo o Gartner, esse dinamismo de mercado, tem levado as empresas, tanto públicas quanto privadas, ao desafio de gerenciar uma TI bimodal. Neste conceito, surgem dois modelos de entrega da TI: o Modelo 1, tradicional e sequencial, suportando o enorme conjunto das aplicações legadas, com o foco em segurança e precisão; e o Modelo 2, viabilizando a inovação, de característica exploratória e não-linear, com o foco na agilidade e velocidade.

Como conseguir recursos para inovar?

Diante deste panorama de mercado, é necessário encontrar meios para aumentar a eficiência operacional da TI tradicional, para que a empresa possa reduzir o custo e o tempo para operar e manter as aplicações legadas. Isso ocasionará uma economia e provisão de mais recursos, financeiros e humanos, para desenvolver o Novo Estilo de TI, que suportará esse Novo Estilo de Negócio.

Essa jornada de transformação em uma TI bimodal começa pela adoção de um modelo híbrido para a entrega ou fornecimento dos serviços de TI. No qual o CIO tem a segurança, agilidade e velocidade requeridos ao negócio, para habilitar as aplicações legadas e os vários aplicativos e dados dos dias atuais, em uma infraestrutura híbrida, que combina a TI tradicional, nuvens privadas, gerenciadas e públicas.

Como a computação em nuvem consegue trazer agilidade para a empresa?

O que torna a computação em nuvem real é uma camada de software com a função de orquestração dos elementos de TI e dos processos. Na prática, gerenciar e operar um ambiente de TI tradicional sem essa orquestração, apesar do uso intensivo da virtualização, consome ainda muito tempo e faz com que sejam executados muitos processos de maneira manual, o que reflete diretamente na capacidade da equipe de TI em responder com agilidade às demandas do negócio.

Tem-se com a orquestração, que os passos e processos de TI e governança são automatizados, reduzindo em até 30% o custo de operação da TI e obtendo-se uma redução de até 98% no tempo de implantação dos serviços que suportam o negócio; como foi observado em estudo de caso feito com o cliente Cloud Server Canadá.

Já no caso 20th Century Fox, o uso da infraestrutura híbrida HPE aumentou em 38% a velocidade média de processamento e distribuição de filmes e conteúdos de TV da Fox no mercado digital global e em 433% a sua capacidade de gerenciar a expansão de seu universo de conteúdo no cinema e na TV. Além de obterem 88% de economia no consumo de energia, que liberou recursos para serem reinvestidos em inovação.

Reiterando o papel estratégico e de parceiro do negócio por parte da TI

Sendo a agilidade uma condição vital para a empresa conseguir inovar e obter diferenciais competitivos, uma TI híbrida, combinando a TI tradicional com a computação em nuvem, viabiliza a implementação de novas ideias e modelos de negócio. Por isso, vê-se uma crescente adoção dessa solução e o aumento significativo da demanda por uma infraestrutura convergente, orquestrada, ágil e que forneça mais economia de espaço físico e menor consumo de energia e refrigeração.

Segundo o IDC, a computação em nuvem tem mudado profundamente a natureza da TI e de como os negócios são feitos; e continuará gerando essa transformação até 2020, quando se prevê que ela deixará de ser distinguida como pública ou privada, passando esse modelo híbrido a ser o modus operandi padrão conhecido como a TI.

A visão de Hybrid IT da Hewlett Packard Enterprise complementa esta previsão, apontando que os negócios serão suportados pelas aplicações legadas e por mundo de aplicativos diferentes, que precisam de modelos de fornecimento diferentes, exigindo um mix otimizado de agilidade na nuvem e previsibilidade de TI tradicional. O time-to-market – ou time-to-service, no caso de empresas públicas – o tempo até a obtenção de valor, através da oferta de novos aplicativos, produtos e serviços para clientes, parceiros e funcionários irá determinar o sucesso da empresa, seja ela pública ou privada, quem vence e quem perde.

Para conhecer mais, acesse o site da HPE.