Apertar um parafuso ou apertar o parafuso certo?

Por Marcelo Porto*

Muito se fala sobre os riscos ao se contratar prestadores de serviço, e os cuidados necessários para avaliar seu expertise e capacitação. A analogia do parafuso é bem conhecida e muito válida. No mundo da tecnologia, apertar um parafuso errado pode significar perder muito, enquanto apertar o parafuso certo na hora certa pode significar ganhar muito. Este post fala um pouco sobre isso: a importância de se valorizar a especialização e a qualificação dos profissionais de Tecnologia da Informação que prestam serviços de pré e pós-vendas para as empresas.

Tenho notado através de minha experiência, tanto no Mercado Privado quando no Setor Público, que hoje em dia, as exigências com relação às certificações e comprovação de capacidade técnica estão cada vez maiores e mais valorizadas. Junto com o amadurecimento do mercado, tem ocorrido a valorização dos prestadores de serviço que se preocupam com a relação custo x benefício, e o preço tem cada vez mais deixado de ser o fator preponderante. As empresas buscam resultados, e a confiança de que um projeto será implementado com excelência, dentro das expectativas é fundamental para atingir esses resultados. Neste cenário, prestadores de serviços que comprovadamente investem em capacitação e mantém no seu quadro, profissionais certificados, qualificados e experientes tem se destacado.

A visão de um Gestor de T.I. em contatar uma empresa para desenvolver e implementar um determinado projeto passa por um processo seletivo ainda mais rigoroso do que a contratação de um novo funcionário: deve-se ter comprovação de certificações, anos de experiência no mercado, ótimas referências, capacidade de crescimento e confiabilidade. Em muitos casos, chegam ao ponto de avaliar informações sobre índice de endividamento e risco de falência.

A dependência tecnológica das empresas cresce na mesma medida em que a tecnologia avança e consegue entregar maior produtividade, eficiência, agilidade e desempenho para os negócios. Este alinhamento de TI com negócio traz grande responsabilidade para o Gestor, e o coloca no Board da empresa, tendo que justificar cada ação e cada investimento a partir do ponto de vista do negócio. Esta evolução natural o obriga a escolher muito bem o que ele quer que o acompanhe na jornada completa de cada projeto: levantamento de necessidades, desenho de projeto, comercialização, implantação e suporte técnico. E somente os prestadores de serviços reconhecidamente competentes e experientes conseguem chegar lá.

Se você ainda avalia seus projetos de TI sob a ótica exclusiva do preço, vale a pena ampliar o campo de visão e observar o cenário mais amplo: resultados atingidos, custo da não ação e prazos não cumpridos. Em muitos casos, o preço de venda é o menor dos custos incluídos em uma aquisição.  

*Marcelo Porto é Account Manager Public Sector na Sercompe